Lula já tem agendadas 23 palestras até o fim do ano no Brasil e no exterior, que devem lhe render no mínimo 6 milhões de reais. Somando-se o que já faturou até agora, e o que ainda virá, vai fechar o seu ano fiscal bem acima dos 10 milhões. Nada mal para um primeiro ano de atividades, nada contra também, muito pelo contrário, ele merece, vale quanto pesa. Na sociedade de livre mercado ele está valorizado e é justo que seu custo seja proporcional aos benefícios que traz aos que o pagam.
Ver a cara, a fúria e os palavrões de Lula ao assinar sua declaração de renda e preencher um cheque de pelo menos 3 milhões de reais para a Receita Federal não tem preço.
Lula vai sentir na própria carne a sensação de quem trabalhou, viajou, se esforçou, se cansou e aturou chatos durante quatro meses do ano, exclusivamente para alimentar o Leão.
Mas depois das mordidas, dos milhões que vão lhe sobrar, quanto ele vai doar ao PT, ao Instituto Lula, a causas sociais? Mas como doação mesmo, não como renuncia fiscal via Lei Rouanet ou do ICMS, que é outra incógnita: que artistas e ONGs merecerão fatias de renuncia fiscal da empresa de palestras de Lula? Velhos companheiros já estão sonhando com doações generosas de seu rico correligionário para as campanhas eleitorais de 2012.
Com certeza ele sabe muito bem como, onde, por que e por quem são gastos os nossos impostos. Agora vai sentir como os quatro meses de trabalho dele são torrados. Porque imposto no bolso dos outros não é refresco, é verba pública.
O vício já vem do verbo: pagar ou contribuir? Enquanto nos Estados Unidos e na Inglaterra os pagadores de impostos e taxas são chamados de “tax payers”, aqui nos chamam de contribuintes, que logo remete a algo facultativo, circunstancial:
“O senhor pode contribuir para a nossa obra social?” “Agora não dá, passa na semana que vem, tá?”
Assim, as contrapartidas do Estado também ficam relativas e opcionais. Pagadores se sentem com muito mais moral e autoridade para cobrar serviços e ações do Estado do que meros contribuintes.
Lula vai sentir no bolso as diferenças entre uns e outros.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 22/07/2011
Pode apostar que o nove dedos não vai pagar 1 centavo de de IR. Alguma falcatrua ele vai arranjar.
Nelson Motta, quanta ingenuidade a sua. Qual foi o petralha que declarou renda e pagou o que efetivamente ganhou ou…? Nenhum. Esta aí o Palocci que não me deixa mentir, só para refrescar nossa memória mais recente e fresca. O mote do Lulla sempre foi dizer que não sabia de nada. Voce acredita que ele vai cumprir com sua obrigação fiscal? Isso é coisa pro contribuinte, não pra divindades como ele.
Ele vai pagar sim, no dia de São Nunca. Isso é coisa pros contribuíntes, divindades como ele, estão isentas.