Ao longo dos últimos 30 anos a produtividade do trabalho no país caiu 15%, de acordo com dados da Universidade da Pensilvânia. Em uma lista de 151 países, o Brasil atingiu a 130ª posição no ranking de produtividade, fator essencial para sustentar o crescimento econômico nacional.
Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, em 1980 um trabalhador brasileiro produzia em média o equivalente a US$ 21 mil por ano. Em 2008, o valor caiu para US$ 17,8 mil. Esses dados fazem parte da Penn World Table, banco de dados do Centro para Comparações Internacionais de Produção, Renda e Preços da Universidade da Pensilvânia, com indicadores econômicos de 189 países e territórios.
Atrás do Brasil só figuram 21 países, sendo 11 da África, incluindo Costa do Marfim, Malawi, Somália, Camarões, Togo e Zimbábue. Na América Latina, a evolução da produtividade do trabalho brasileiro nas últimas três décadas só não é pior do que a apresentada por Paraguai, Venezuela, Nicarágua e Haiti.
O economista Samuel Pessôa, especialista do Instituto Millenium, falou ao “Estadão”. Para ele, uma série de fatores interrompeu o bom desempenho da produtividade do trabalho no Brasil a partir do início da década de 80: “Aquele milagre brasileiro no pós-guerra, em um país de baixíssima escolaridade, sem nenhum investimento em educação, se dissipou, porque a tecnologia mudou na direção de requerer capital humano, que era exatamente o que não tínhamos e ainda não temos”.
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