Índice de democracia elaborado pela Economist Intelligence Unit mostra que 11% da população vive em democracias completas – brasileiros estão de fora
São Paulo – Menos da metade da população mundial vive em algum tipo de democracia, sendo que apenas 11% (25 países) vive no que é considerado “democracia completa”. É o que mostra o índice de democracia elaborado pela Economist Intelligence Unit. A Noruega foi considerada o país mais democrático, seguida por Suécia, Islândia e Dinamarca. O Brasil aparece em 44º lugar, já entre as chamadas “democracias imperfeitas”.
O último colocado entre 165 estados independentes e dois territórios foi a Coreia do Norte, antecedida por Guiné-Bissau, Chade, Síria e Arábia Saudita (veja o desempenho dos países na tabela ao final da matéria). O índice mostra que o Oriente Médio e o Norte da África seguem sendo as regiões com mais repressão, com o regime de 12 entre 20 países tendo sido caracterizados como autoritário. Mesmo dois anos após as pressões para mudanças de regime na região, pouco mudou. Durante 2012, Tunísia, Líbia, Egito e Iêmen registraram algum progresso significativo. Em 2012, a democracia declinou em dez países na Europa oriental – incluindo Hungria, Rússia e Ucrânia.
A maior parte dos países da América Latina é classificada como Democracias imperfeitas ou Regimes híbridos. A forte ocorrência de crimes em alguns países da região – especialmente violência e tráfico de drogas – continua tendo um impacto negativo na democracia, segundo o índice.
Entre os países desenvolvidos, o Estados Unidos ocupa a 21ª posição no índice. O Reino Unido também aparece no final (16ª) posição da categoria Democracia completa. A democracia dos EUA tem sido afetada por um aprofundamento da polarização da cena política e por paralisia e atitudes políticas temerárias, segundo a Economist Intelligence Unit. O Reino Unido é assolado por uma profunda crise institucional, segundo o índice. A Noruega, que ocupa a 1ª posição, também lidera o ranking de Índice de Desenvolvimento Humano, divulgado na semana passada.
O índice baseia-se em 60 indicadores agrupados em cinco categorias: processo eleitoral e pluralismo, liberdades civis, funcionamento do governo, participação política e cultura política. Os países são divididos nas categorias Democracias completas (25 países), Democracias imperfeitas (54 países), Regimes híbridos (37 países) e Regimes autoritários (51 países).
Fonte: Exame
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