‘As expectativas e a inflação corrente em 12 meses continuam acima do intervalo da meta e não há expectativas de queda’, afirmou o economista da Opus Investimentos
Apesar de a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de maio ter recuado 0,2 ponto porcentual, de 0,78% em abril para atual 0,58%, a média de preços ao consumidor deverá superar o teto da meta, de 6,5%, em julho. A previsão é do economista e sócio da Opus Investimentos, José Márcio Camargo.
De acordo com o Camargo, a inflação mensal entrará em um período de taxas baixas de maio a julho. Por isso, na avaliação de Márcio Camargo, o IPCA-15 não trouxe nenhuma novidade. “Já era esperado que o IPCA-15 fosse trazer uma taxa mais baixa do que a registrada em abril”, disse o economista em entrevista ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado.
A questão, na avaliação do sócio da Opus Investimentos, é que mesmo variando a taxas menores de maio a julho o IPCA deverá oscilar acima da inflação mensal no mesmo período de 2013. “O ponto é que as expectativas e a inflação corrente em 12 meses continuam acima do intervalo da meta e não há expectativas de queda”, afirmou o economista.
Para o economista, se o BC quisesse que a inflação volte para centro da meta teria que aumentar a taxa básica de juros. “Mas eles (BC) não fazem questão que a inflação volte para a centro da meta”, disse.
Ainda segundo Márcio Camargo, a inflação tem permanecido alta mesmo com o represamento dos reajustes dos preços administrados. Pelas contas dele, se os preços administrados fossem corrigidos a inflação teria um acréscimo de 1,5 a 2 pontos porcentuais no ano. “Tem os ajustes e os efeitos secundários destes aumentos na inflação”, disse.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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