“Banco Central do Brasil, o Leviatã ibérico” (PUC-Rio e Hucitec, 2011), conta a história do Brasil contemporâneo a partir de um foco particular: o Banco Central. O livro também é um relato da própria história desta agência, criada em 1945 inicialmente como o nome de Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc).
Essa trajetória e a atuação do Banco Central revelam a frição entre política e economia, entre Estado e interesses particulares, configurando uma evidente ilustração do hibridismo institucional, marca da civilização brasileira, a que Eduardo Raposo deu o nome de “Leviatã Ibérico”, em referência a Thomas Hobbes e o seu conceito de estrutura de sociedade.
Professor do Departamento de Sociologia e Política da PUC-Rio, Raposo reuniu documentos e fatos para explicar por que política e economia são instâncias intrinsecamente unidas. Entrevistas com os principais funcionários e ex-presidentes estão transcritas nas páginas deste documento histórico. Além disso, o professor analisa o jogo do poder presente entre gestores do Banco e o paradoxo da modernização econômica em contraposição à exclusão social brasileira.
Estudar a evolução do Banco Central nos ajuda a compreender as características híbridas desta instituição e a entender melhor o país. “Banco Central do Brasil, o Leviatã ibérico” é um convite à reflexão sobre o Brasil de ontem e de hoje.
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