“The White Man’s Burden: Why the West’s Efforts to Aid the Rest Have Done So Much Ill and So Little Good” (Penguin, 2007), de William Easterly.
É compreensível que William Easterly tenha sido o único autor a emplacar dois títulos nesta lista. Ao ser lançado em 2006, The White Man’s Burden conseguiu provocar um impacto ainda maior do que seu predecessor. Apesar de muitos economistas considerarem O Espetáculo do Crescimento um trabalho mais sofisticado, The White Man’s Burden é mais instigante. O livro entrou na lista de melhores do ano do Financial Times e da The Economist, e provocou reações por toda a indústria da filantropia, de Bill Gates (que disse não gostar do livro) até Amartya Sen (autor de uma resenha positiva para a Foreign Affairs). Sempre provocador, Easterly pergunta por que, apesar de gastar mais de 2 trilhões de dólares no século XX com auxílio externo, o Ocidente não conseguiu impedir que crianças africanas morram de malária por não terem acesso a remédios de 12 centavos e a redes de 4 dólares. Talvez porque o Ocidente esteja mais preocupado em gastar rios de dinheiro para aliviar um sentimento de culpa do que em efetivamente erradicar a pobreza.
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