Hoje empresário, Wanderley A-breu Júnior, de 41 anos, foi notícia em todo o mundo aos 17 anos, quando invadiu o sistema da Nasa após descobrir um bug que afetava computadores de diversos órgãos públicos americanos.
— Fui descoberto por uma major da Aeronáutica americana, que era a chef da divisão de segurança cibernética . Meu pai é general do Exército e temos o mesmo nome. Pensaram inicialmente que era uma espionagem do Exército brasileiro . Quase fui responsável por um incidente diplomátic o — relembra ele, que atualmente colabora com o Programa Artemis , da Nasa, que visa ao retorno do homem à Lua em 2024.
Conhecido como Storm, Abreu Júnior é um dos moradores da região que estão investindo pesado em novas empreitadas tecnológicas. A do momento é uma pltaforma de streaming criada em parceria com a produtora de vídeo Aune, que tem como um dos sócios o empresário Victor Aune, morador do Joá. A ideia da plataforma Aune Live é dar ao público a chance de assistir a um show intimista do seu artista favorito ou um stand up comedy que não figure no catálogo de gigantes do streaming, bem como eventos esportivos, lançamentos de novos videogames e o que mais ele quiser. Segundo os desenvolvedores, o ineditismo está justamente na possibilidade de, dependendo da demanda, transmitir qualquer tipo de conteúdo, de qualquer lugar do mundo.
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— Se eu quiser o 50 Cent tomando banho de piscina com patinho de borracha amarelo, posso contratar e vender. É uma coisa exclusiva. Não precisa ser, necessariamente, um evento cheio de gente ou uma produção cara. Afinal, o público vai estar na live , não no lugar onde ocorre o evento — explica Victor Aune.
O objetivo não é competir com serviços como Netflix ou Amazon Prime, cujos catálogos destacam produções de Hollywood e grandes turnês internacionais. A Aune Live, entretanto, pensa grande: garante estar em negociações com artistas de primeiro escalão da música; um teatro, para exibição de peças; um festival de música; e responsáveis por competições esportivas.
As atrações podem ser vistas pelo celular, no computador ou na TV. No último dia 19, a plataforma fez sua estreia, com um stand up do comediante Paulinho Serra. Paga-se pela atração vista, e o preço varia de acordo com a escolha. Os valores podem ir de R$ 1 a R$ 100.
Pai de uma menina de 5 anos e de um adolescente de 15, o empresário Rodrigo Robledo, morador da Barra, percebeu durante uma madrugada o quão importante é poder contar com os serviços de uma farmácia, independentemente da hora do dia e, preferencialmente, com serviço de entrega 24 horas. Foi a partir da constatação da escassez deste tipo de serviço que começou a surgir, naquele momento, a ideia do aplicativo Farmazon, que desenvolveu junto com a mulher, Liria.
Pelo app, criado pela startup de mesmo nome, o usuário escolhe os itens que deseja (que podem ser medicamentos, cosméticos ou itens de perfumaria), paga com cartão de crédito e os recebe em casa em menos de uma hora. O prazo é válido mesmo se no carrinho estiverem produtos de mais de uma das 50 lojas parceiras.
Um entregador do aplicativo vai até o estabelecimento (que a esta altura já separou o pedido), pega a compra lacrada e a leva até a residência do cliente. Sem nem saber o conteúdo das compras, o que garante privacidade ao cliente.
O serviço começou a funcionar há dois meses, após dois anos de planejamento, e já está disponível em 23 bairros da cidade.
A startup usa inteligência artificial para atualizar periodicamente os preços e as descrições dos cerca de 30 mil produtos disponíveis no app.
— Também usamos os algoritmos para sugerir medicamentos genéricos e similares. Se você vai à farmácia e não acha o que procura, pode perguntar ao balconista. No nosso caso, o app faz este serviço, identificando os produtos, cruzando informações e mostrando as opções disponíveis, além dos seus princípios ativos — explica Robledo.
Ele afirma ter atraído com o app investimentos no total de R$ 2 milhões.
Embora o serviço seja pensado para ser usado em smartphones, o empresário destaca o lado humanizado da operação.
— Temos um farmacêutico de plantão que pode dar suporte por chat ou telefone. Além disso, sempre que o cliente realiza um pedido, um funcionário do nosso call center entra em contato, por telefone ou WhatsApp, para avisar que o pedido está a caminho. Não colocamos nossos clientes para falar com máquinas.
Atualmente, o Farmazon opera apenas em dias úteis, das 9h às 20h. Ainda este mês, o horário será estendido até as 23h. O plano é estar disponível também nos fins de semana em dois meses e até as 2h, todos os dias, no fim do ano.
A startup Isso, com sede na Barra, é outro exemplo que promete facilitar a vida do usuário, atuando como um plano de saúde digital. A ideia é que, pelo celular, seus clientes possam agendar consultas e exames, buscar médicos, obter autorização de procedimentos e armazenar seu histórico médico, entre outras funções. Ou seja, a meta é ter o processo todo digitalizado.
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— Menos de 30% das pessoas que têm plano de saúde usam os aplicativos dos operadores, porque eles são pouco funcionais. Vamos oferecer a comodidade, a funcionalidade e a autonomia que os planos de saúde não oferecem, desburocratizando o sistema — promete o médico e idealizador do Isso, Diego Costa, de 36 anos, morador da Barra, destacando que o produto segue em fase de desenvolvimento. — Somos uma operadora de saúde registrada na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em fase de pré-operacionalização.
Enquanto o app não entra em operação, Costa vai estabelecendo parcerias: as redes de laboratórios Eliel Figueiredo, GáveaCOR, EndogastroRio e UB Ultrassonografia já firmaram acordo com o Isso. E consultando seus clientes potenciais: um formulário no site da empresa convida a população a opinar sobre o que precisa ser aperfeiçoado no atual modelo dos planos de saúde. Até o momento, seis mil pessoas já responderam. Entre os principais desejos estão a possibilidade de fazer agendamento on-line, obter resultados de exames, agendar consultas e receber lembretes sobre o check up anual.
Fonte: “O Globo”
