Na primeira cena do livro, o adolescente Jonas presencia uma mulher sendo presa por “tentar destruir empregos”, pois havia sugerido que os lenhadores deixassem de derrubar árvores com porretes (o que levava quase um mês, e empregava muitos deles em uma única árvore) e tentassem com um objeto cortante, como um machado. Ao derrubar sozinha a árvore, em menos de uma hora, ela foi capturada e levada presa. “Não podíamos permitir uma ameaça dessas ao nosso emprego tradicional”, explica um deles a Jonas.
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A princípio, pode parecer uma situação absurda, mas não é difícil fazer uma analogia com a realidade. Ainda hoje, quase 30 anos após a primeira edição de Jonas, o ingênuo, nos deparamos com uma verdadeira caçada a aplicativos, moedas descentralizadas e todo tipo de inovação.
Assim como esta, Jonas vê na prática diversos dos argumentos intervencionistas serem levados ao extremo, o que expõe a injustiça e a falta de lógica deles. Apesar de ser um livro originalmente orientado para adolescentes, serve muito bem para adultos que desejem entender melhor a lógica dos argumentos liberais e queiram calibrar seus próprios argumentos para debates de ideias.
