A oposição brasileira parece à deriva, sem rumo. Enquanto PT e PMDB se digladiam por cargos num lamentável espetáculo de fisiologismo, o DEM corre o risco de rachar ao meio e o PSDB não consegue se definir como alternativa ao governo. Tucanos e petistas disputam a hegemonia da social-democracia retrógrada que predomina no debate ideológico do país. Nem mesmo as bem-sucedidas privatizações o PSDB consegue defender com convicção. Falta uma oposição que tenha um verdadeiro projeto alternativo a oferecer.
O que aconteceu na Inglaterra durante os anos 80 pode jogar uma luz na escuridão em quem mergulhou nossa oposição. A era Thatcher foi uma verdadeira revolução, colocando o país novamente nos trilhos do progresso sustentável. Na fase precedente, a inflação chegava a dois dígitos após o descontrole dos gastos públicos, os sindicatos concentravam poder absurdo e os monopólios estatais haviam se transformado em enormes palcos de corrupção. A decadência inglesa era evidente.
Tal era a situação quando Thatcher assumiu o governo em 1979. Apesar de ser a primeira mulher a ocupar este importante cargo, ela jamais fez disso uma bandeira política. Quando perguntavam como ela se sentia sendo a primeira mulher naquela posição, ela respondia que não tinha como saber, pois nunca experimentara a alternativa. Thatcher foi uma mulher de grande coragem e fortes convicções, determinada a mudar a agenda keynesiana que havia afundado a economia inglesa. Mas a principal lição que se pode tirar de sua trajetória é que a vitória foi plantada antes da conquista do poder.
Sem o pano de fundo criado pelo incansável trabalho de divulgação de ideias enquanto oposição, os Conservadores dificilmente teriam derrotado as poderosas forças reacionárias que lutavam para preservar os privilégios do antigo regime. Nem mesmo Thatcher seria capaz de colocar abaixo o “Estado babá” se a mentalidade dos ingleses não estivesse preparada. Quando assumiu o poder, Thatcher já tinha um projeto de reformas pronto, divulgado de forma clara e direta, em linguagem simples. Isso impediu que suas medidas fossem vistas como radicais.
Os Trabalhistas entregaram um país com altos impostos, economia centralizada, inflação galopante, indústrias nacionalizadas, subsídios crescentes, regulação asfixiante, em suma, uma nação rumo ao socialismo fracassado. Thatcher abraçou com vontade a direção oposta, do livre mercado, do empreendedorismo, da meritocracia e do império da lei. As máfias sindicais seriam alvo de duros golpes. Os desafios eram gigantescos, mas não faltava confiança a Thatcher, pois ela sabia que estava fazendo o que era certo.
Acima de tudo, Thatcher sabia que teria de vencer a batalha no campo das ideias. O esforço para disseminar seus valores foi hercúleo antes da chegada ao poder. Até mesmo dentro de seu partido suas crenças estavam longe de ser unanimidade, e seu trabalho foi intenso para resgatar a fé dos colegas na liberdade individual. O governo não deveria mais ser visto como um “messias salvador”, dizendo a todos como agir, controlando a economia e também as vidas privadas.
Já no governo, as pequenas ações mostrariam as mudanças de postura. Thatcher pagou do próprio bolso as reformas que fez no estúdio de sua residência oficial. O exemplo vinha de cima.
A austeridade fiscal não ficaria apenas na retórica. A despeito dos imensos obstáculos, os esforços seriam redobrados quando necessário. As “soluções mágicas” são tentadoras, pois empurram os problemas para a frente. Mas Thatcher estava decidida a mudar realmente os fundamentos da economia, mesmo com elevado custo político no primeiro momento. Ela foi uma estadista, não uma populista.
Os resultados são conhecidos. Os ingleses colheram os frutos da dolorosa fase de ajustes. O encontro com a realidade permitiu reformas estruturais que devolveram a competitividade à economia inglesa. O desemprego não caiu no começo, mas em 1990, quando Thatcher deixou o governo, a Inglaterra já possuía a menor taxa da Europa. Seu sucesso, porém, foi plantado antes. Em 1975 ela se tornou líder da oposição, e ajudou a divulgar as ideias de pensadores como Hayek. Sem esta iniciativa, seu legado dificilmente seria o mesmo.
Que isso sirva de lição para nossa sonolenta oposição. Um dia os ventos externos mudam a direção, e vamos precisar de um modelo alternativo, quando as várias ineficiências da gestão petista vierem à tona. O caminho certo deve ser defendido desde já. Procura-se um líder de oposição. Que falta nos faz uma Margaret Thatcher!
Fonte: O Globo, 08/02/2011
Perfeito. Encalharam em 1988, com esta Constituição, estes sistemas político e econômico esdrúxulos, ideologias vencidas e grande orgulho de ser, todos, de esquerda. Chile, Peru, México, Uruguai e Colômbia já andaram mais que este grande sindicato chamado Brasil. É preciso entrar no ano de 1989 com certa urgência por aqui. Precisamos derrubar também os “nossos” muros político-emocionais infantilizados, quase primitivos. Parabéns pelo artigo.
Bom para INGLATERRA e vantagem o clube de ROMA, para nos. ROOSELD, GETULIO, GEISEL. LULA LULA LULA. NACIONALDESENVOLVIMENTISMO. Goste ou não, assim sera. E ave qualquer um que o DEFENDA
Excelente artigo. Parabéns.
Os partidos de opisição do Brasil,não tem moral nenhuma,pois os próprios fizeram seus erros no passado e agora vivem fazendo fisiologismo em de opisição.
Ao contrário da EUROPA,quem da oposição seja esquerda ou não fazem isso por ideologia,fazem uma oposição séria e não infantil.
Para dizer a verdade,dá nojo dessa politica brasileira!!!
Por que não o Golbery Couto e Silva ? Esqueci está morto e no inferno.
Por que não o Roberto Marinho ? Esqueci está morto e no inferno.
Por que não o Senador Vigilio ? Esqueci não se elegeu.
Por que não o Senador Tasso tenho jatinho jerissati ? Esqueci não se elegeu.
Por que não o Senador Agripino ? Esqueci não se elegeu.
Por que não o Senador Alvaro Dia ? Esqueci, esta enrolado com as notas frias e suas aposentadorias.
Por que não o ex-governador Serra ? Esqueci, o Poste não se elegeu.
Por que não o senador Aecio ? Esqueci, ele esta brigando com Poste do serra.
Por que não o governador Alckim ? Esqueci, ele esta desfazendo o que o Poste do serra fez.
Por que não o FHC ? Esqueci, ele não quer se chamado de poste mor. mais foi aparecer na televisão, que foi mostrado os 8 anos de governo.
Então que será este lider ?
tenho sugestão o Bispo de Guarulhos e o Pastor Malafaia.
o Bispo não que pobre na igreja quer aumentar sua renda
Pastor que a o canal de televisão prometido pelo poste serra.
Todos são iguais este instituto e PSDB, trabalham na calada da noite. Por que será? HERANÇA DA DITADURA..
Caramba, o Salomão Junior é petistão daqueles hemmmm…
“Todos são iguais este instituto e PSDB, trabalham na calada da noite. Por que será? HERANÇA DA DITADURA..”
Pô Saloma, seu estatista….que papo é esse…..rs