Para Amisha Miller, da Endeavor, e Thiago de Carvalho, do Insper, necessidade deu lugar à oportunidade entre os novos empresários do País
Há uma mudança de comportamento entre os pequenos e médios empresários nacionais. Na opinião dos especialistas Amisha Miller, da Endeavor, e Thiago de Carvalho, do Insper, o brasileiro, que no passado procurava montar um negócio próprio motivado, basicamente, pela necessidade, hoje opta pelo empreendedorismo em busca das oportunidades que a opção oferece. Essa diferença, dizem, é determinante para o avanço do segmento.
Eles participaram na manhã desta quinta-feira, 6, da quinta edição do Encontro PME, que também reuniu empresários como Luiza Trajano, do Magazine Luiza e Sebastião Rosa, da rede Imaginarium para debater sobre os desafios de empreender com sucesso no País.
“O que acontece no Brasil que é muito positivo é uma mudança de cultura na qual as pessoas estão mais empreendedoras por oportunidade do que por necessidade”, afirma Amisha Miller, gerente de pesquisas e políticas públicas da Endeavor, entidade que fomenta o empreendedorismo pelo mundo.
Coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper, Carvalho concorda. Ele ressalta os avanços brasileiros no setor. Mesmo assim, o professor ressalta que ainda há um longo caminho a se percorrer, principalmente no âmbito do suporte a quem está em estágio inicial.
“O Brasil está décadas atrasados em alguns aspectos. O investimento anjo há 30 anos começou a ser discutidos nos Estados Unidos e, aqui, começou há três anos”, afirma.
No campo dos desafios, Thiago Carvalho reforça que a decisão de abandonar o emprego formal e se aventurar em um negócio próprio está entre os principais momentos. Ele afirma que antes de iniciar uma operação, o candidato precisa ter certeza em sua opção pelo empreendedorismo como opção de carreira. “(O desafio) é entender o que vai mudar na sua vida e como você vai se adaptar”, diz.
Amisha, por sua vez, o obstáculo a se transpor no Brasil é a captação de dinheiro. “Se a pessoa não tem uma capacidade, tem de ir atrás de se capacitar desde o início para resolver o problema”, conclui a especialista.
Fonte: O Estado de S.Paulo
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